Círculo das Mulheres desvela sabedoria ancestral

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ImageO Espaço Tempo do Tucuruvi abriu seu inspirado local para mulheres começarem um grupo de acolhimento, reconhecimento, ampliação da ligação com o divino e reencontro de almas que haviam se perdido há muito tempo. Escolhemos cartas das formas que a água pode tomar dependendo do que se deseja quando ela congela e tarôs dos anjos, das deusas, das flores e… um “indefinido”, que a princípio parecia trazer mensagens para cada uma das cinco participantes isoladamente, mas ao final dizia a todas nós, um grupo que já teve muita força, mas que a sociedade patriarcal empurrou goela abaixo um discurso de que somos competitivas para tomar nosso poder e vejam só, que soluções raivosas e sanguinárias a maior parte deles tem imposto a torto e a direito.

Temos que escolher as cartas pela intuição e não sob os desmandos da razão. Leva algumas cartas para darmos ao sentimento o poder que lhe é devido. As minhas mais marcantes foram a deusa Fréia, da sexualidade, tema que meu terapeuta mostrou que ando em déficit há tempo significativo e sem perceber. Em poucos dias tenho feito resgates, pedido desculpas, chorado, me perdoado e pedido perdão para aliviar uma história de sobes e desces.

E a outra marcante foi o anjo da inspiração ao lado de uma pessoa escrevendo. Sinto exatamente assim conectando ao registro akashico, de onde as ideias vêm, é quase um processo meio Chico Xavier, às vezes peço aos textos: espere por favor, estou sem lápis, papel ou tenho que me segurar nos ônibus e metrôs, dormir, e por aí vai.

Esta semana nasceram duas poesias em movimentos (uma espécie de monólogo, vivo, sempre em atualização). Um escrevendo e o outro falando (bem me perguntaram uma vez em condução pública se era atriz ou louca por falar sozinha). Prontos para ganhar o mundo, que criação cênico literária é assim, criamos pra circular, ao contrário de muita mãe, pai com seus rebentos.

E nada mais tocante que a facilitadora chorar ao final de tanta sabedoria compartilhada. Como se não bastasse, ganhamos velinhas e pedras e nos deliciamos com os docinhos da quituteira de mão cheia Matilde. Ser acolhida e conhecer a mais nova velha amiga Denise é uma forma mais que auspiciosa de começar a semana. Gratidão Anjee e Bruna!

Sobre Francine Machado

Atriz, jornalista, professora de inglês, contação de histórias, redação criativa... Esqueci mais alguma paixão? Ah sim, a yoga e a massagem profissa e informalmente. O blog revela meus vícios: filmes, peças, livros, retiros, meditações, vivências, shows, viagens... E toda a experimentação que rende o mergulho artístico e de auto conhecimento numa faculdade de teatro. E como escrever para mim é orgânico, terapêutico e urgente.

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